22/8/2022
O avanço da ciência faz parte da evolução da forma como vivem os seres humanos e até animais e vegetais no planeta. Por isso, todas as áreas buscam o desenvolvimento, para que possam usufruir, viver, trabalhar e produzir melhor. No texto de hoje, entenda a importância da tecnologia no processo de reciclagem!
Como melhorar a forma de trabalho? Qual a iniciativa que pode transformar um setor? Que ideia pode revolucionar o mercado? Como mudar para melhor a vida no planeta? Essas são algumas questões com que a ciência lida diariamente. É preciso evoluir. No setor que lida com resíduos não é diferente. É um meio que está sempre de olho em pesquisas, estudos e artigos. Por isso, o texto de hoje é sobre tecnologia no processo de reciclagem. Boa leitura!
O plástico é um dos maiores problemas quando se fala em poluição do solo e da água. Isso porque ele demora mais de 400 anos para se decompor por completo. Pensando nesse impacto tão negativo no meio ambiente, cientistas e engenheiros da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos conseguiram fabricar uma enzima capaz de decompor o plástico.
Essa enzima foi capaz de quebrar o plástico em partes menores. Assim, o material foi decomposto em menos de um dia. Quando for possível replicar em larga escala, as possibilidades de reciclagem do plástico serão mais amplas, principalmente no cenário atual, em que apenas 10% desse resíduo é reciclado.
A construção civil é uma das maiores geradoras de resíduos sólidos no país. Ainda assim, a demanda por matéria-prima é muito alta. O reuso de insumos do próprio setor é comum. Contudo, algumas empresas pensaram além e decidiram diminuir o problema de entulho nas cidades enquanto geravam insumos para as construções.
Como exemplo, temos uma usina em Belo Horizonte que passou a usar argamassa dura, vidro, cerâmica, areia, pedra e concreto para a fabricação de argamassas e diversos tipos de blocos de alvenaria.
Os pneus usados se tornaram uma grande dor de cabeça nas últimas décadas. Isso porque eles perdem o uso em automóveis e nem sempre têm uma destinação final específica, o que fazia com que eles se acumulassem nas encostas e nas casas das pessoas. Nesses casos, o prejuízo social e ambiental é enorme, já que os produtos são acumulados nas encostas, o que causa enchentes e assoreamento de lagos e rios.
Além disso, ocasionam problemas de saúde pública. Um bom exemplo disso é o acúmulo de água no interior dos pneus, o que os transforma em local perfeito para a proliferação do mosquito da dengue.
Então, cientistas e engenheiros brasileiros pensaram em formas de reintroduzir os pneus na cadeia produtiva. Assim, eles passaram a pavimentar e recapear rodovias com a borracha desses utensílios.
As roupas costumam ter um longo processo de reaproveitamento, principalmente quando são de qualidade. Então, as pessoas compram, usam, depois vendem ou doam, os brechós revendem e o ciclo continua. Contudo, chega um momento em que não é mais possível utilizar a peça e elas se acumulam nos aterros.
Cientistas da Universidade de Lund, na Suécia, descobriram uma alternativa. Eles fizeram experimentos com tecidos de algodão em contato com ácido sulfúrico. O resultado foi a glucose, um tipo de açúcar.
A tecnologia no processo de reciclagem dos resíduos sólidos tem avançado bastante nos últimos anos. Hoje em dia, já é possível produzir etanol a partir dos resíduos sólidos da indústria de alimentos. Isso porque eles são ricos em açúcar, que é a base para a reação química que gera o álcool, como também é conhecido o etanol. Assim, há um ganho econômico e ambiental, já que diminui o montante de resíduo que seria descartado nos aterros.
Esses foram alguns exemplos que mostram a importância da tecnologia no processo de reciclagem. Alguns ainda estão em fase de experimentos, enquanto outros já estão funcionando a pleno vapor. Já imaginou o dia em que será possível usar o açúcar vindo do algodão na fabricação de biocombustível? Esse seria um grande avanço da ciência! Enquanto isso, você pode conhecer o trabalho que a Usibel faz com os resíduos sólidos!